terça-feira, 30 de agosto de 2016

problemática idiota cotidiana

Olho pras horas, mas elas não olham de volta,
não há correspondência entre a gente,
só um apego meu por esse tempo todo,
e o tempo se passa só, e me larga sem nem contar os segundos.

Eu rezo para ter paz, mas a paz não me tem,
me nega, eficaz.
Faz birra, e não vem.
Nem olha pra trás, só deixar eu sentir, de leve, o cheiro que ela tem.

Apocalípticamente, eu me debruço sobre minha vida, [acontece]
apertando os nós, ao invés de desatar,
e da lembrança mais bonita que eu trago, há a mística de me entregar a escuridão 
                                                              [ da pior e mais estranha interpretação ]

A vida, singela e esguia, é um descender entre essas coisas,
lavadas cores, loucas!
Papeis de carta amassados, desabafos, cheiro no meio das roupas.
Usadas.
       [para não se sentir só];
Amanhã pode chegar tranquilo e amém.
   do agrado do que for de ser, também.
Seja lá o que chegar, 
sempre foi o espelho de tudo que eu tenho a dar, 
                                                                         [ mas eu dei?]


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