Traz uma ansiedade, uma guerra em mim.
Eu masco os chicletes como se eu mascasse minha vida,
mascasse minha alma, tão interrompida.
Eu me ponho em julgo, eu me duvido e eu insisto,
eu permaneço e eu fico
insistindo e me afogando,
e pedindo e tentando,
e aos poucos respirando, até onde não der mais.
Lá no cais.
E sem poder dizer nada, eu estraçalho as mortalhas,
me grito, me solto e depois eu volto,
me amarrando no mesmo lugar.
Vai entender,
o amor tem dessas coisas todas.
Todo ele pesado,
e passado passando na minha cabeça,
e antes que eu me esqueça,
eu jamais esqueci do bem e do mal
que cotidianamente seu cheiro me fez.
Entenda, na falta de seu abraço, eu me despedaço,
é como lepra rude que me engole e me devora e me come,
e me cospe.
E eu me rôo. E as unhas também.
Mas os olhos, porém, tem um estanho brilho, engraçado, de esperança,
e no meio desse inferno, a minha alma ainda balança,
[dança]
na ânsia
por você.
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