domingo, 1 de março de 2015

Confia

Confia, vai.
Eu mesmo não ia
dizer uma palavra fria,
pois do amor não se ri.
      [ Só se contenta ]
Não se zomba da felicidade,
é blasfemar na cara do amante
uma dúvida só sua,
perante um querer tão bom.

Há de se ter calma,
pois sarar esse teu desconforto requer tempo.
mas há de se ter pressa,
pois não hei de permanecer em julgamento constante,
me declare logo inocente, ou abra as algemas.
                                   [ culpada eu não fui ]

Se na minha mais estranha existência
um dia eu pronunciar um 'eu te amo' mentiroso,
jocoso, só para enganar e me rir,
Saiba: não serei, não fui e nem sou essa pessoa que com tão desamor,
desarmou seu castelo, botou fogo e foi embora.
O amor é sacro, é divino. É heresia mentí-lo.
                                         É heresia não aceitá-lo.

Quero viver cada triste momento, escrito assim,
E cada felicidade respirada, tocada e abraçada.
No entanto, meu bem,
feche seus olhos,
descalçe seus pés
e vem.



Nenhum comentário:

Postar um comentário