segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Patológico

Os dias passam e eu nem percebo,
minha calma é mero placebo
para eu mesma olhar no espelho, e jurar:
calma.
Eu me perco de mim mesma quase o tempo todo,
bem, só nessas ultimas semanas.
Minhas moedas eu jogo fora, e depois as ainda busco.
Me sinto sem tempo, sem calma, sem alma... sem chão.
O vento voa, e leva rápido o minuto de distração.

Me irrito, eu grito, eu minto. Teatral.
Aprendi nesses últimos tempos,
a mentira é tão válida.
Me arrependi nesta ultima hora, de ter diagnosticado isto em mim.
Me encaro, me esbarro e mesmo assim não me encontro.
Quero uma noite inteira de sono.

Pego o papel, vou escrever. No meio da frase,
pego o marca-texto e sinalizo o livro inteiro.
Os segundos estão tão crueis comigo.

E pensa que eu me abalo? Que isso!
Continuo no mesmo ritmo, sem ardor.
Mesmo me queimando por dentro,
por fora, oras... É como se estivesse tudo normal.

Mas no final, minha olheira roxa se mostra tão fiel,
que é impossível mentir.

Patino a dor, esperança de no ultimo minuto dar certo.
Mal que me faz. Grande mal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário