quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Noite inteira

Contando estrelas no céu de meia-noite.
Uma hora e meia, uma noite inteira.

Contando amores perdidos, corações partidos.
Pó de estrelas.

Giz de estrelas, escrevo com ele então,
um grito forte,
incontido e mudo,
dentro de mim.

Balanço as constelações até que elas rimem.
E formem desenhos entre as nuvens. Baguncem o seu sorriso,
entrem em seus pensamentos.

Nem é o começo, e nem o fim.
Não é o destino, ou coisas afins.
É apenas a vida acontecendo, paixões morrendo.
Virando pó.
Te deixando só. Sozinho.
Desfazendo e refazendo laços, abraços.
Voltas e idas. É a vida.
E os dedos aflitos, por contar mais uma vez, estrelas,
desse imenso céu, instável e escuro.

Vou te encontrar um dia desses, uma noite inteira.
Debaixo de pó de estrelas.

Vou te mostrar todos as minhas palavras,
que um dia [e sempre] te dediquei.

Vou te ensinar a nunca mais contar estrelas.
Parti-las. Feri-las.
Nunca mais.

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