terça-feira, 6 de dezembro de 2016

can we?

Dont you see how beautiful you are?
When you get dumb and let me talk
all the the words at our own dawn
All the silence that makes this sound

This song was born
to say
All the things that I want to whispper when you here
but you dont get so near

Im running to myself, no one else.
Such a surprise, the evil or the right 
No you, no me, no us mind.
Im feeling dirty, Im feeling dark
But I rise, 
how can it means? Im no right
But Im following 
Im following

Can we? Can we?

How I can desire something I cant reach?
So hardly, so blind,
but I can see.
All the trues are spinning around.
All the masks will falling down.

Why you? Can you tell?
I feel like we are needed,
I feel like the seed
But I cant decide, 
I see when you is thinking, When you running,
when the dribble turns blood.
Are you mine?

Im running to myself, no one else.
Such a surprise, the evil or the right 
No you, no me, no us mind.
Im feeling dirty, Im feeling dark
But I rise, 
how can it means? Im no right
But Im following 
Im following

Can we? Can we?




terça-feira, 29 de novembro de 2016

Lição 01

Se eu pudesse imaginar um lugar, 
que lugar haveria de ser,
se não você? 

Onde mais me vi, me reconheci,
em tantos erros que eu nem percebi 
mesmo olhando pras minhas mãos,
pro espelho
dos meus erros;
eu mesmo.

Me despi de mim, da minha armadura,
tiraste minha casca e igual fruta madura,
me devorou para provar,
mas mordia devagar, numa vontade de querer
e numa saudade de cuidar.

Eu me feneci, eu me encolhi,
eu cai no chão, e me reergui,
e não me deu a mão, 
me deu a voz,
me fez pensar em mim e esquecer de nós.
Parece egoísmo, um quê de cinismo?
mas era só a primeira lição,
era uma fração.

Você sabia que dentro de mim tinha alguém 
com saudade de amar assim,
com calma e ameno,
com o tempo e sereno,
tendo de fazer-me amar a mim primeiro,
para poder um dia amar alguém,

E como você queria que fosse você, 
que fosse toda sua 
que viesse nua
como a luz a lua, 
que todos sabem que vêm, mas não perde o encanto.
E é simples, como uma gata deitada leve sobre o pano.

Ah se entendi a mais louca viagem, 
foi pra dentro de você eu me encontrar,
no lugar mais bonito que eu pudesse achar,
o caos e a destruição a me encarar,
em toda ruína a me arrodear,
eu me via, te via, me retomava e renascia.
num vomito, rompendo, mostrando e trazendo.

E enfim, me lembrando e te esquecendo.

 




terça-feira, 6 de setembro de 2016

arquipélago

Há, sob nossos pés, uma placa instável.
                            [ tectônica; platônica? ]
e já se abalou, nos embalou entre tantos gritos e discussões,
                                                      algumas curtas decepções. Razoáveis razões.
puras certezas de que cada um, nenhuma firmeza sob nós dois. 

Formamos várias e muitas ilhas no nosso continente, 
por não conter mais o que sentimos pela gente
fomos implodindo suavemente, sem mesmo nem perceber 
                                                          a gente
foi separando os dedos das mãos, transformando o amor numa triste menção.
e catatonicamente, a gente se viu afundando,
entre escuras e frias mágoas,
E a cada sismo, tudo infinitamente piorava.

E era a tragédia nossa tão natural, que não tinha o que muito se fazer,
e a previsão do que viria, era na verdade um alerta constante,
                  [ vai acontecer, vai acontecer, vai acontec... aconteceu. Trememos. Tremeu ]

Entre o que fomos e o que sobramos, 
nós dois, meu bem, fizemos um arquipélago.
Tremores de mãos, de palavras, de ansiedade, de atitudes e de verdades,
separaram os nossos melhores de nós' em pequenas e diminutas ilhotas,
entre o caos que formamos durante tantos anos, 
e o que era o Nós, aguentou nadar no meio de tanta incerteza até alcançar qualquer ilha boa, de maré bonita, tão presa no passado e tão, tão, tão deserta e esquecida. Já inabitada.
Mas trazia da paz um pouco, tranquilizava. 
Por anos, vastos e devastos.

Era assim que se dava, a terra partia, a gente caia, chorava no mar, 
                                                                    [ água salgada com água salgada, ninguém vê ] 
nadava e se cansava tentando alcançar a nossa mais frívola e aleatória lembrança do que era felicidade, e se prendia nela, anulando a tragédia. Até vir outra, e eram tão próximas.

Nos especializamos a retalhar o amor, e a remendar a dita dor,
mentindo o perdão, querendo alcançar o que já não mais podia a nossa mão.

E esta colcha de retalhos que tecemos, oceânica e imensa,
tentou nos aquecer durante os anos de tanta dança dos nossos fragmentos despendidos da antiga zona de convergência
                                                                                         [ FALÊNCIA! ]
Tão fina, não conseguiu. 
Tão polar que era a água, e tão bipolar que éramos quanto a nós.


Acabamos com nossa Pangéia, 
mas as nossas pequenas ilhas, vão ficando pra sempre,
mesmo separadas, 
                             sempre serão
                                                   destinos maravilhosos
de reviver o que se passou, o passado, que enfim, acabou.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

problemática idiota cotidiana

Olho pras horas, mas elas não olham de volta,
não há correspondência entre a gente,
só um apego meu por esse tempo todo,
e o tempo se passa só, e me larga sem nem contar os segundos.

Eu rezo para ter paz, mas a paz não me tem,
me nega, eficaz.
Faz birra, e não vem.
Nem olha pra trás, só deixar eu sentir, de leve, o cheiro que ela tem.

Apocalípticamente, eu me debruço sobre minha vida, [acontece]
apertando os nós, ao invés de desatar,
e da lembrança mais bonita que eu trago, há a mística de me entregar a escuridão 
                                                              [ da pior e mais estranha interpretação ]

A vida, singela e esguia, é um descender entre essas coisas,
lavadas cores, loucas!
Papeis de carta amassados, desabafos, cheiro no meio das roupas.
Usadas.
       [para não se sentir só];
Amanhã pode chegar tranquilo e amém.
   do agrado do que for de ser, também.
Seja lá o que chegar, 
sempre foi o espelho de tudo que eu tenho a dar, 
                                                                         [ mas eu dei?]


auto-sádica.

Eu, sangrando e entre risos, me alimento de abismos,
o caos que me parte, e vaga silenciado.
A alegria mofada, já louca, sufocada no próprio cheiro, se inebria para ser sóbria.

Eu conto as pedras do calçamento de cimento na rua da minha casa,
enquanto deixo que caiam as folhas das árvores
                                          [ e algumas lágrimas dos olhos ].
Não sei como frear essa dor, angústia, falência de alma. C a l m a.
Vai dar certo, eles dizem que vai,
se estão sempre certos, e eu me visto de equívocos todos os dias,
não preciso gastar palavras.

Palavra da salvação.

De quem?
            [existe alguma forma de viver que eu possa, enfim, não ser eu e fazer tudo como eu não faria?]

Não existe escolha para os tortos, nem pros mortos.
A vida [ou morte] que nos aceite e nos adote.

Me mutilando entre aceitação e medo, é como um afogar que, de leve, pede arrego e consegue um pouco de ar, dizendo: - Não se trucide.
Lucidez maledicente, teimosa e inequívoca.

Mas depois as mil mãos puxam meu olhar pra baixo,
voltando a contar ladrilhos,
lavados por uma alma partida,
esquisita. Inaceitável?

Falível, falida, fraquejada e fadada.
                                         [p o r  q u e ? ]

Eis-me aqui, a decantar-me. Eis-me então, a morrer. De rir;



sexta-feira, 3 de junho de 2016

Desesp[licando]erando.

me sinto só.

Só isso, me sinto só. A minha casa é um bloco de paredes vazias de quadros, de retratos. O chão não tem passos, não tem sapatos amontoados, não suja tanto, é tão frio. Só porcelato e vazio.
A cozinha é silêncio, nada no fogão. Só um prato. Um garfo, faca, um copo.
Todos os dias, contando os dias.

Minha felicidade não me pertence. Ela me visita.
E eu, vez ou outra, a visito também.

São instantes. Eu me parto ao meio, e depois em pedaços menores, até não poder catá-los.

Onde é que isso termina? E quando é que isso tem fim?

Não sei as respostas, não entendo as respostas que dão. Fico aflita, no canto, apertando, cegamente, as teclas no piano, fazendo o som melancólico que sai de mim. Sem sentido algum.
E com todo sentimento do mundo que eu fiz dentro de mim.

Eu faço uns planos até bons, mas no final, dá tudo na mesma. Por que não tem saída.
Eu vou continuar aqui até poder voltar por minhas próprias pernas.
E mãos, e tudo.

É tão solitário pensar assim, ser assim, existir assim.
É triste, que chega a doer.
Mas dói só em mim, numa dor que só pra mim faz sentido.
Abstrato e até bonito pra quem vê.
Pra quem escuta, e pra quem lê.

Mas aqui dentro tem um tanto de coisa acontecendo:
sentimento caindo,
aperto revirando,
angustia chamando,
inquietude falando,
solidão esmagando,
amor doendo,
falta sentida, sentindo e que sentirei.

E pra diminuir tudo isso, eu tento traduzir, escrevendo, apertando teclas.
Tudo sem sentido, Na bagunça que eu sou, eu me faço, me escrevo.
Do jeito que os meteoros em mim caem, eu os desenho.
Do jeito que minha cabeça grita, eu escrevo.

Cada frase é uma peça de um quebra cabeças que eu não sei montar.

Mas eu tenho ainda muito tempo pra aprender. Pra me lidar. Pra me entender.
E tão só, que meu pensamento eu posso ouvir sem nem pensar.



ato falho

Eu me prometi não cometer o mesmo erro,
mas seria este o mesmo?
Pareceu tão diferente
Tão boa gente,
Mas quem sabe, só sou eu que tô demais carente.

Eu não quero amar de novo,
eu me prendo, eu me bato, eu me encarcero e me apavoro,
só de pensar em passar por tudo
que se passou por dentro de mim.

Foi uma felicidade em pertencer, e um medo de não ter pertencido,
foi um querer ter, e um medo bem horrível.
foi como se eu tivesse escorregado e não conseguisse frear a queda,
eu amo demais, me entrego demais. E com pressa.

Eu quero calma, um jeito, uma forma de querer que eu não queira,
                                                                                                 [que eu esteja]
que eu seja, que eu viva //
que eu não tenha medo de perder, de não ter,
de não precisar, de precisar, de necessitar, de me tomar, de ser prisão e prisioneira,
que eu seja só minha, e da minha maneira romantica demais, eu seja entendida.
E que desta vez, não me fira.
                                               
já foram muitos dias me lamentando, chorando, olhando para as paredes,
indo e vindo e parando em lugar algum. E voltando, e me machucando.
E me refazendo, com medo, cada vez mais medo, de tentar outra vez.
Ser carinho, ou ter carinho, dar carinho. Ter um ninho.

Mas entro em pleno ato falho, quando eu de repente chego naquela parte da sinfonia que o violino toca mais alto, e vibra mais, com todos os outros instrumentos atrás,
e com você na minha frente.
Eu emudeço meu medo, e tento ir em frente. Claudicando, com minhas escaras à mostra.
Sem poder segurar suas mãos, por que as minhas ainda doem.
Sem poder te olhar nos olhos, por que ainda os meus estão enturvecidos pelo sal das lágrimas.

Não quero tentar, não quero me arriscar.
Mas por vezes, sua presença, só ela [sozinha];
faz meu plano falhar,
e fracassar.
Nessa tentativa insanamente burra, de não querer que o pingo da chuva,
possa me molhar.
mesmo eu imersa no fundo enigmático do nosso mar.